Bem-me-quer

PATRIMÓNIO PARA COMER DE FACA E GARFO.

Se na morada de um restaurante lemos “Campo das Hortas”, só podemos ficar com as expectativas lá em cima, certo? Felizmente, essa promessa de produtos frescos tratados com o cuidado de antigamente concretiza-se assim que se entra no espaço, se sente a tradição no ar e se provam as iguarias que chegam à mesa.

Defensor dos sabores e dos pratos da região, o bem-me-quer orgulha-se de servir com brio desde 1953. E basta espreitar o menu para começar a sentir água na boca: caldo verde, bacalhau à bem-me-quer, cabrito assado, rojões — sem esquecer que nas respetivas épocas, há também papas de sarrabulho e lampreia. Isto para mencionar apenas especialidades minhotas, pois a carta é extensa e inclui outros clássicos da cozinha portuguesa.

A madeira branca das janelas e das portas envidraçadas ‘aos quadradinhos’, bem como o lambrim de pedra no interior, que remonta à origem do espaço, conferem ao restaurante uma atmosfera acolhedora e familiar. Aqui, são frequentes os eventos especiais, como jantares temáticos com menus exclusivos ou jantares vínicos, numa dinâmica gastronómica introduzida por José Dias, o atual proprietário e genro da fundadora. Mas, na verdade, não são precisas desculpas ou datas simbólicas para ir ao bem-me-quer: qualquer experiência vale a pena num lugar que ‘nos quer bem’. Se terminar com uma fatia de pudim Abade de Priscos, tanto melhor!

O FIDALGUINHO É QUE SABE!

O restaurante começou por ser uma ‘casa de pasto’, aberta por Joaquina Soares Gomes na Pensão Bem-me-quer, a funcionar no mesmo edifício. Antes, Joaquina tinha trabalhado — e aprendido muito — com Eusébia, a cozinheira do restaurante Narcisa, que deu nome à famosa receita de bacalhau. No Bem-me-quer, este prato chama-se ‘Bacalhau à Bem-me-quer’ e é decorado com pickles picados em vez do habitual pimento morrone.

Título sobre doc de cintos.

Mini descrição sobre o doc ou não.