A Região Demarcada dos Vinhos Verdes, estabelecida a 18 de setembro de 1908, situa-se no noroeste de Portugal e está dividida em 9 sub-regiões: Amarante, Ave Baião, Basto,
Cávado, Lima, Monção/Melgaço, Paiva e Sousa.
Em dimensão territorial, a Região dos Vinhos Verdes é a maior das 14 regiões vínicas portuguesas e uma das maiores da Europa.
Os produtos vitivinícolas originários de uvas provenientes da Região Demarcada dos Vinhos Verdes (vinhos, espumantes, aguardentes, bagaceiras e vinagres), com vinificação e produção na Região Demarcada e cuja qualidade e carácter expressem as condições naturais da Região, recebem a Denominação
de Origem Vinho Verde.
Algumas castas típicas da Região dos Vinhos Verdes também são cultivadas e dão origem a vinhos na Galiza, Espanha, no entanto recebem denominações diferentes.
As principais castas brancas de Vinho Verde são: Alvarinho, Arinto (Pedernã), Avesso, Azal, Loureiro e Trajadura.
As principais castas tintas de Vinho Verde são: Espadeiro, Padeiro, Pedral, Rabo de Anho e Vinhão.
Na sub-região do Cávado, a casta mais comum de brancos é a Loureiro, embora também sejam utilizadas a Arinto e a Trajadura. Quanto aos tintos, destacam-se as uvas Vinhão e Borraçal.
Na Região Demarcada dos Vinhos Verdes são produzidos outros vinhos que, quando obedecem ao mesmo rigor técnico e a exigentes padrões de qualidade, recebem a Indicação Geográfica Minho. Trata-se de Vinho Regional, que goza de maior liberdade na escolha das castas e dos processos.
O distrito de Braga está presente em três das sub-regiões: na sub-região do Ave, com os concelhos de Guimarães, Vieira do Minho, Vila Nova de Famalicão, Póvoa de Lanhoso e Vizela.
Na Sub-região de Basto, com os concelhos de Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto, e na sub-região do Cávado, constituída por seis municípios de Braga — Amares, Barcelos,
Braga, Esposende, Terras de Bouro e Vila Verde.
A designação ‘Vinho Verde’ não se refere a vinhos produzidos com uvas pouco maduras! O nome estará relacionado com a paisagem verdejante da região, que se deve à fartura de rios e ribeiras e à abundante chuva anual (ou não fosse Braga, nas palavras dos mais antigos, o “penico do céu”.)
O Vinho Verde é um produto único no mundo e exclusivo da sua Região Demarcada. É apenas aqui, no noroeste de Portugal, naquela que em tempos foi a província de ‘Entre Douro e Minho’, que se produz este vinho com castas autóctones.
Não há apenas um perfil ou estilo de Vinho Verde! Dependendo das castas e das características de cada sub-região, tanto podemos encontrar vinhos brancos, tintos ou rosé, como, entre estes, vinhos frescos e leves,
vinhos encorpados e intensos ou complexos e estruturados. Todo um mundo a explorar!
Na sub-região do Ave, bastante exposta a ventos marítimos, a aposta tem sido nos Vinhos Verdes brancos, com destaque para as castas Arinto, Loureiro e Trajadura.
Na sub-região de Basto, de morfologia mais montanhosa e abrigada dos ventos, é a casta Azal que brilha nos brancos, sendo aqui também produzidos ótimos Verdes tintos, nomeadamente com uvas Espadeiro e Rabo-de-Anho.
O Vinho Verde é exportado para mais de 100 países em todo o mundo, sendo os Estados Unidos e a Alemanha os principais compradores.
Com vinte e muitos anos, nascido e criado em Braga, o Fidalguinho é o guia turístico mais acarinhado da cidade. Otimista, descontraído e muito falador, conhece histórias e piadas capazes de alegrar o espírito da pessoa mais empedernida. Em pequeno, já se destacava na rua do Souto, onde cresceu na mercearia da sua avó Maria. Aliás, é comum ouvi-lo a afirmar, orgulhosamente, ser a pessoa que mais subiu e desceu aquela mítica rua. Sempre de sorriso posto, não perde uma oportunidade de conhecer pessoas e de lhes mostrar o burgo pelo qual é apaixonado. Com uma energia contagiante, fala tão rápido que parece que as suas palavras estão a correr uma maratona! Encontra beleza em qualquer cantinho da cidade e basta que ouça a palavra ‘Braga’ para ficar todo arrepiado. Apesar de não ser fluente em inglês — nem em qualquer outra língua estrangeira, sejamos sinceros —, o Fidalguinho tem o dom de se fazer entender através de gestos cómicos e expressões faciais hilariantes. Consegue assim comunicar com toda a gente, venham da vizinha Espanha ou da lonqínqua Mongólia: um verdadeiro mestre na arte da mímica turística. Só há uma coisa que nunca entendeu: por que raio se chama Fidalguinho?